quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Muuuuuuuuuuuuuuuuuuu

Sabe quando somos adolescentes e temos uma festa para ir? passamos os dias pensando em como será desde que sabemos que vai acontecer o evento, sim porque, na adolescência, as festinhas tinham jeitão de evento...

Pois é... esse é o climão das minhas últimas semanas... pensar em roupa, maquiagem, cabelo, unhas, sapato... conversar com quem vai à festa...

Não é mais a festinha  americana (onde rolava muito chips e refri), e sim a primeira exposição pública ao vivo. Estou animada, embora, apesar do meu esforço, não tenha conseguido criar tantos bonecos quanto queria. Sei que os que fiz receberam muito carinho, cuidado e tentei caprichar.

O que estou mais gostando é bem o pré-festa... Tenho conhecido novas colegas, gente muito fofa, que dá até vontade de apeeeeeertar. Claro que vou adorar ver meus bonequinhos se encaminhando na vida, mas o contexto todo está sendo legal.

Sair da zona de conforto exigiu pensar, criar, trabalhar e até acordar no meio da noite para rabiscar alguma coisa.

Nos bichos que inventei, procurei explorar cores, para estimular a visão das crianças, a curiosidade. Incluí uns detalhes com botões, tudo com zilhões de passadas com a agulha para evitar que o botão caia.

Imaginei a brincadeira... essa vaca podia ter uma saia... assim a criança pode tirar e colocar, vai trabalhando as mãozinhas, observando como se pode fazer isso, pode imitar a realidade e cuidar do bichinho como a sua mamãe faz em casa ao trocar sua roupinha e por aí vai.


Acredito que mais que ocupar a criança, o brinquedo deve estimular seu desenvolvimento. por isso, ando lendo obras relacionadas a esse assunto, e os primeiros a testarem a brincadeira nova são meus próprios pequeninos, que andam se divertindo com as novidades.

Um beijão para vocês!!!

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Xii, faltou "sustância"...


... e como hoje é quinta, e o Natal está se aproximando, a sensibilidade aguçando... vou externalizar um pouco...

... estou aqui pensando, e criando, e costurando, e fazendo bonecos e bichos... combinando cores e tecidos do meu jeito... e o tempo passa...




... as crianças não estão, está o silêncio, a minha pressa, às vezes a Fátima Bernardes... mas o silêncio, que sempre amei, hoje ficou sobrando...

... e as horas distante da família ou dos amigos me fazem ver o que realmente me importa... o sucesso! claro! mas o sucesso de ter amado bastante, com tempo de qualidade e, de preferência, com tempo de quantidade também.



O vazio do ninho, para mim, existe, e não curto. Ficar comigo também é bom sim, adoro! ... mas, já foi melhor. Não tenho vergonha de dizer não... porque hoje ficar comigo é ficar com quem eu amo, porque fazem parte de mim, e eu deles.


Por isso, fazer o que eu adoro é muito bom, mas o que preenche mesmo o ser humano é a sustância do amor. E para isso, cada um tem sua receitinha. :)



sábado, 17 de novembro de 2012

A primeira vez... ainda vou dizer como é ...



Noooossa! Resolvi participar da minha primeira feirinha, bazar, venda ao vivo, face to face. Vai acontecer no início de dezembro. Espero que dê tudo certo... aos poucos vou contando como está sendo e como foi. Então fui organizar os preparativos.
   
Gosto muito de executar alguns projetos tilda, da Lu Gastal e de algumas pessoas... mas, apesar de lindos não são meus, são de outras pessoas. E por mais que ao fazer uma boneca se imprima a ela nossa cara, nosso jeito, estilo e tal, eu não andava satisfeita com isso, não. Queria ter um bicho para chamar de meu... Então resolvi inventar alguma coisa.
 
Peguei a ideia dos porquinhos que fiz para as crianças e fui fazendo outros bichos combinativos...
 
 ... mesmo ouvindo o marido dizer que meu pintinho parecia um pinguim, o que eu também concordei em partes, vi aquele estágio como parte de um processo... e enquanto não ouvi um "Legal!!!" com ênfase não sossegava. srrsrs
Pensar, obervar, analisar, testar, corrigir, melhorar, enfeitar e assim vai... a criação, a manutenção de  nós mesmos... até ficarmos cansados...
 
Dizia muito nos dias de cansaço escolar dos tempos nem tão distantes de profe que deveria largar tudo e me transformar numa artista plástica, e ficar só esperando pela inspiração, mesmo avisando sempre a gurizada que o importante mesmo é o trabalho, a transpiração como base.
 
E foi tanta invencionice nesta semana que me deu até uma preguicinha de escrever. Por isso, resolvi relatar o que estou vivendo agora, que também acho válido.

 A verdade é que não virei artista plástica ainda, não larguei a educação também, mas tenho me divertido muito pensando no desenvolvimento infantil e nas possibilidades de brincar com bonecos e bichos de pano.
 
 
 
            É isso aí por hoje.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Zamigos

 
 
Hoje não é dia do amigo nem nada, mas...esse novo curso da vida me amplia a visão sobre um ser, uns seres, que geralmente não são um mooooonte, e sim uns bons. Os amigos e, ou, como diz uma delas, "azamigas".
 
Como é bom ter esse apoio, esse colo pronto, talvez não tão pronto, afinal é ao longo do tempo que vai se formando, como um ninho.
 
Eles me lembram às vezes uma figura materna... dizendo Que bonito isso que tu fizeste!, Que legal! Vai em frente!, ou mesmo, Ô, Doris! Que é isso?!, enfim "ozamigo" estimulam, dão bronca, mas tem sempre aquele carinho transbordando... Tenho saudades demais de uns e queria ficar mais tempo com outros, pendurar no telefone até doer a orelha...
 
 Do lado de cá, talvez não tenha dito ainda: Valeu! Obrigada!, mas fui lembrando, pensando que não se diz isso assim... tão diretamente... mas esse carinho está no Oi!, nas perguntas sobre a vida, os filhos, os parentes, as costuras, ou mesmo perguntas sobre bobagens...
 
Acho ainda que ser bom amigo é ser par de zorelha, para que o outro fale e possa ser quem é, a gente aceite e encontre em cada um o que existe de melhor.
 
Conheço uma história sobre uma árvore, cheia de folhas, umas verdinhas outras feinhas. E alguém resolveu podar. Podou tanto, tirou tanto tudo que era defeito daquela árvore, que na hora em que o sol bateu forte, não conseguiu uma sombrazinha...a árvore mirrou, pois foram tiradas partes que não eram ruins. Na amizade também é asssim, eu acho... se a gente quiser tirar todos os defeitos do amigo, pode tirar demais, por outro lado, as estações do ano, da vida, garantem que as folhas envelheçam e caiam, para renascerem outras.
 
Estou falando disso, porque tenho sentido de verdade esse impulso dos amigos me estimulando com minha Day Doll... e fico muito feliz... no fundo, não pela Day Doll só, mas principalmente por ver como as pessoas são queridas.
Zamigas e zamigos, obrigada!
 

 
E para os que curtem, Vinícius de Moraes fez até um soneto...
 
Soneto do amigo
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...